02 janeiroArtigo

Em 2025, reencante-se!

Quando os fogos iluminam o céu e o calendário vira a página, algo mágico acontece: um novo começo. Não é sobre mudar quem você é, mas sobre novos olhares, é reencontrar a versão de você que brilha com autenticidade e propósito. O novo ano está esperando. Reencante-se. O futuro é uma página em branco – e você tem a caneta nas mãos.

Pela intensidade últimos dias de 2024, só tenho uma coisa a dizer: que ano!

 

Foi um ano de extremos e dualidades. De um lado, momentos e desafios que testaram nossa criatividade e resiliência até o limite; do outro, conquistas e descobertas que ampliaram horizontes e abriram novas possibilidades.

 

Em resumo, um ano incrível – e incrivelmente adverso.

 

Não vou fingir que espero um 2025 tranquilo, longe disso, mas a parte boa é que temos muitas cartas na manga para enfrentá-lo com coragem e imaginação. É tempo de revisitar o que fizemos, aprender com o que vivemos e, principalmente, acreditar na capacidade de buscar espaços para transformar – reconstruindo o que precisa ser renovado e inventando o que ainda não existe.

 

Vou registrar aqui uma palavrinha que tem me marcado e que, espero e acredito, será muito útil para o ano que começa:

 

REENCANTAMENTO

 

Abri o dicionário para colocar aqui sua definição exata, mas descobri que a palavra nem aparece por lá. O que temos é encantamento, “sensação de deslumbramento, admiração, grande prazer que se tem como reação a alguma boa qualidade do que se vê, ouve, percebe”.

 

Mas reencantamento, para mim, não significa simplesmente a ação de se deslumbrar novamente com algo. É mais profundo. Tem a ver com resgatar possibilidades no que parece perdido, com reforçar os vínculos com o que nos move, nos inspira e nos conecta, mesmo em meio às adversidades.

 

Não se trata apenas de reviver o encantamento original, mas de criar uma nova forma de ver, pensar e sentir.

 

A necessidade de nos reencantarmos com o mundo – para muito além da nostalgia ou desejo de retorno ao passado, mas a partir da reconstrução ativa diante do desencanto.

 

Essa visão carrega uma potência imensa, especialmente em tempos de incertezas: ainda há beleza, ainda há caminhos a serem percorridos, ainda há histórias por (re)escrever.

 

Reencantar, portanto, é recontextualizar o que vivemos e encontrar sentido no que realizamos. Se o encantamento nos inspira pelo deslumbramento, o reencantamento nos fortalece pela persistência. 

 

Mesmo quando o mundo parece endurecido, sempre podemos encontrar novas formas de nos reconectar e, a partir daí, transformar.

 

Reencantar não é um estado permanente, mas um movimento constante.

 

Reencantar, portanto, acontece no encontro, na troca, na criação. É nesse fluxo, entre o desencanto e o deslumbramento, que descobrimos novas possibilidades.

 

Teremos um bom ano pela frente se soubermos cultivar essas brechas, se nos permitirmos continuar imaginando e, acima de tudo, se colocarmos em prática aquilo que pode redefinir a realidade ao nosso redor.

 

Que 2025 seja uma oportunidade de reencantar nossas jornadas.

Feliz ano novo!